O “Projetão” foi um marco na história da assistência técnica e extensão rural do Rio Grande do Sul. Implantado pela Emater/RS-Ascar em 1981 até meados de 1985, como Plano Estadual de Extensão Rural, visando fomentar a produção e o beneficiamento de alimentos. A destinação de técnicos agrícolas para as comunidades no interior dos municípios, com uma atuação direta e residindo junto às famílias assistidas, auxiliou no desenvolvimento social e econômico de diversas comunidades no Interior do Estado.
Na época a Emater estava muito focada em programas que tiravam o extensionista da propriedade, e com o “Projetão” aconteceu um caminho inverso, pois o extensionista passou a estar dentro da propriedade, explica o Técnico Agrícola Luiz Nelmo de Menezes Vargas.
Formado na Escola Técnica de Agricultura (ETA) de Viamão em 1980, em janeiro comecei o estágio na Cooperativa Cotrisa, unidade de Caibaté, minha terra natal. Nesse meio tempo a Emater lançou o concurso para o “Projetão”, do qual participei e fui aprovado. Em junho de 1981 assumi a função no município de Santa Rosa, onde tinha vaga, e era o mais próximo de Caibaté. Na época, além de precisar vencer a desconfiança dos produtores rurais, nós jovens extensionistas enfrentávamos problemas com habitação, transporte e o isolamento. Fui fixado na comunidade do Rincão dos Rocha, no interior do município, onde pernoitava na biblioteca da escola municipal e era pensionista em uma família próxima.
A gente ficava na comunidade, inclusive nos finais de semana, e retornava para casa mais ou menos a cada 30 dias, porque a localidade onde eu fui trabalhar ficava distante 112 km da moradia dos meus pais. Pela convivência diária, muitos extencionistas se tornavam mais um membro da família assistida.
O trabalho era realizado com uma moto modelo TT 120 cc, tradicionais na extensão rural daquele período. Somente em 1986 foi permitido residir no período urbano.
O “Projetão” foi implementado em 51 municípios gaúchos e envolveu em torno de 300 profissionais da Emater/RS-Ascar.
Temas até então desconhecidos por produtores de comunidades rurais do Interior do Estado, como conservação do solo, adubação orgânica, crédito rural, saneamento básico e melhoramento dos arredores, foram repassados aos agricultores, através de dias de campo, palestras, reuniões técnicas e unidades demonstrativas.
Posso afirmar, que o “Projetão” foi fundamental na minha formação pessoal e profissional. Nessa trajetória tive a oportunidade de participar intensivamente na organização do movimento sindical, juntamente com outros colegas. Através do SINTARGS, tivemos muitos avanços para a categoria: Elaboração de projetos com responsabilidade técnica, ampliação de atribuições, cargos de chefia, etc.
O “Projetão” é um marco histórico na minha vida.
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